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COPA DO MUNDO, NÃO! - metade da população não quer
COPA DO MUNDO, NÃO! - metade da população não quer

51% querem Copa; 42% não

Levantamento feito pelo Ibope Inteligência aponta que mais da metade dos brasileiros é a favor do Mundial, mas índice pode ser considerado baixo em relação à expectativa

  A Copa do Mundo chega ao Brasil dentro de nove dias, e a metade da população se diz favorável ao evento, segundo pesquisa do Ibope Inteligência, empresa vinculada ao Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística (Ibope). O índice de aprovação do Mundial no País representa 51% dos entrevistados, enquanto 42% se declararam contrários ao Mundial no Brasil. Feito entre os dias 15 e 19 de maio, o levantamento entrevistou 2.002 eleitores de 16 anos ou mais em 140 municípios do País.


  Apesar de ainda representar a maior parte da população, a porcentagem de aprovação da Copa no Brasil caiu sete pontos em relação à mesma pesquisa realizada em fevereiro deste ano. Na época, o índice favorável era de 58%, e o contra, que registrou crescimento, era de 38%.


  Para o professor doutor em Sociologia Rodrigo Prando, da Universidade Presbiteriana Mackenzie, ouvido pelo O POVO, os números na véspera do evento são bem diferentes da expectativa que se tinha quando ele foi anunciado, em 2007. “Se a gente fosse pensar alguns anos atrás, eu diria que seria de 80% a 90% a favor. Hoje, a gente tem praticamente metade-metade, um indicativo de que não há unanimidade para nenhum lado”.


  Na pesquisa, a visão de 34% dos brasileiros é de que a população não faz questão do sucesso da Copa do Mundo. Segundo Prando, um dos fatores para isso foi a quantidade de manifestações contrárias em junho de 2013, durante a Copa das Confederações.


  “O brasileiro vai torcer para que dê tudo certo e que a seleção ganhe, mas os que são insatisfeitos conseguem, pela tática de mobilização, causar um transtorno grande”, explica o professor.


  Prando ressalta que, apesar das insurgências, o brasileiro sabe separar o gosto cultural pelo esporte das insatisfações políticas, mas é “impossível” que um não influencie o outro. “Ele consegue diferenciar, mas, no ano de 2014 (com eleições presidenciais e estaduais), essas coisas estão muito relacionadas”. O contexto político e econômico do País atualmente, aponta Prando, é fator determinante para, por exemplo, o somatório de sentimentos negativos numa das questões da pesquisa ser um ponto percentual maior que o dos positivos.

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Fonte: https://www.opovo.com.br/app/opovo/esportes/2014/06/03/noticiaesportesjornal,3260965/51-querem-copa-42-nao.shtml